Quando os raios do Sol da manhã
Entram por minha janela
E as flores da primavera
Convidam-me pra sair
Correndo com satisfação
Vou sentindo o cheiro da relva
Vejo a neblina cobrindo a selva
Do sertão onde eu nasci
Então vou à cachoeira
Ver a água cair lá da serra
Se quebrando sobre as pedras
Crescendo um branco véu
Inundando toda a natureza
O seu chuá que não cansa
Formando cortina mansa
Parecem nuvens no céu
O cantar dos passarinhos
Sufoca qualquer tristeza
Pois só existe pureza
E muita sonoridade
Canta o rouxinol na ramada
Na areia corre o juriti
O homem que nasce aqui
Ausente morre de saudade
Quisera através dos meus versos
Mostrar para o mundo inteiro
O cenário brasileiro
Do sertão simples e belo
E falar com muito gosto
As tardes do mês de agosto
São belezas que enfeitam
Meu Brasil verde e amarelo